Disciplina Escolar

Se o seu filho é uma criança indisciplinada, e você não sabe mais como agir para contornar essa situação, uma boa dica para tentar entender e resolver esse problema é procurar a coordenação pedagógica para ajudar na disciplina escolar. Afinal, a criança passa boa parte do seu dia na escola, onde são desenvolvidas habilidades não somente  de conteúdo, mas de convivência e de comportamento socia também.

Tenha em mente que esse é um problema comum e que, por mais bem intencionados que sejam, os pais, também estão sujeitos a falhas. Veja as dicas do Colégio São Judas Tadeu, referência em escola na Mooca, para descobrir como a coordenação pedagógica pode auxiliar nessa questão.

Estabeleça um diálogo com a coordenação pedagógica sobre disciplina escolar

O papel do coordenador pedagógico é justamente ser um mediador entre a criança, os pais, os professores, a escola e os princípios da educação, ouvindo todos os lados e buscando as melhores alternativas para que todos esses atores trabalhem em conjunto de forma positiva. Por estar sempre tentando equilibrar essa balança, o coordenador pedagógico pode ter uma visão mais ampla da situação de indisciplina relatada pelos pais e é um profissional apto a contribuir significativamente com a família para a resolução desse problema.

Muitas vezes, a conversa pode partir da própria escola, percebendo que há um comportamento inadequado por parte do aluno. A conversa estabelecida entre pais e coordenação deve ser muito franca para que, juntos,  possam agir da melhor forma no intuito de ajudar a criança.

Seu filho é indisciplinado na escola também

Nessa conversa com a coordenação pedagógica, você poderá descobrir, por exemplo, que a indisciplina também acontece na escola: a criança perturba o bom andamento da aula, fala alto e nas horas inapropriadas, não realiza as tarefas propostas, não respeita as regras de convivência da escola, é hostil com colegas e professores, utiliza linguagem inadequada, pratica bullying, demonstra comportamento violento…

Normalmente, essa descoberta cai como uma bomba para os pais, que se sentem incapazes de criar seus filhos, considerando-se verdadeiros fracassos em relação à disciplina escolar. O primeiro passo é ter em mente que você não é a única pessoa a passar por isso, pelo contrário, a indisciplina é apontada pelos professores como um dos problemas mais comuns encontrados na sala de aula.

Nesse caso, a família e a coordenação pedagógica podem trabalhar juntas para descobrir a melhor forma de ajudar a criança. Investigue com a escola se o aluno apresenta queixas a respeito de membros da família ou de sua casa. Às vezes, a criança se sente insegura para relatar alguma situação indesejável aos pais, mas acaba se abrindo com os professores.

Seu filho é indisciplinado apenas em casa

Outra possibilidade de descoberta durante a conversa com a coordenação pedagógica é a de que seu filho é indisciplinado apesar em casa, mas é  um aluno calmo em sala de aula. Nesse caso, é hora de ligar um alerta mais sério: algo não está funcionando muito bem na família, e seu filho não está sabendo como lidar com isso da melhor maneira.

Uma criança que se torna rebelde em casa, desobedecendo às ordens dos pais, quebrando regras, deixando de fazer as refeições no horário, recusando-se a tomar banho e agindo com agressividade com os membros da família, entre outros comportamentos indesejados, certamente está enfrentando algum tipo de problema – ainda mais se, na escola, seu comportamento é tranquilo.

Em conversa com a coordenação pedagógica, procure investigar se a criança mencionou algum tipo de problema com professores ou com os colegas. Talvez, ela se sinta insegura para se abrir com os pais por algum motivo, como timidez, medo de represálias e castigos ou por ameaças.

Um comportamento indisciplinado em casa, aparentemente sem motivo, pode ser um sinal de carência afetiva, maior necessidade de passar tempo com os pais, ciúme de um irmãozinho ou mesmo um indício de que a criança está sofrendo algum tipo de abuso por parte de um parente, amigo ou conhecido da família.

Abordagem para entender o problema

Seja a criança indisciplinada apenas em casa ou tanto em casa quanto na escola, a família e a coordenação pedagógica devem agir em conjunto para entender as origens desse comportamento antes de tentar corrigi-lo. Para isso, pode ser necessário também recorrer a um psicólogo infantil, devidamente capacitado para lidar com as crianças.

É fundamental que a escola e a família falem a mesma língua, ou seja, que ambas ajam com paciência associada à firmeza, conquistando novamente a autoridade – aqui, é importante destacar que a disciplina não virá com a imposição do autoritarismo, mas sim com o reconhecimento por parte da criança de que ela deve seguir as regras estabelecidas pelos pais e pela escola.

Além disso, é preciso garantir que exista um ambiente de segurança emocional tanto em casa quanto na escola, de forma que a criança sinta confiança nos pais e nos professores para relatar suas dificuldades e angústias. Para isso, ela deve sentir que, apesar de estar apresentando um comportamento inadequado,  continua sendo amada pelos pais e querida na escola, pois ela certamente possui qualidades admiradas por eles.

A família não deve desautorizar a escola e vice-versa

Outro ponto de atenção em que é fundamental que a família e a escola ajam em conformidade é em relação à autoridade de cada instituição. Por exemplo: se os pais reclamarem da escola na frente da criança, desqualificando os professores, o método de ensino ou a estrutura do colégio, é bem possível que o pequeno assuma esse discurso como justificativa para manter o comportamento inadequado.

Da mesma forma, os professores e o coordenador pedagógico jamais devem fazer críticas à família diretamente para o aluno, pois isso causará um conflito psicológico e emocional na criança. Caso a coordenação pedagógica observe que um determinado funcionamento da família possa estar contribuindo para a indisciplina, a conversa deve ser diretamente com os pais.

O mais importante de tudo é que a família e a escola precisam estar unidas, em consonância, em prol do desenvolvimento da criança.

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