02 jun Inteligência emocional: Entenda sua importância no ambiente escolar
Inteligência emocional, um conceito amplamente explorado pelo psicólogo Daniel Goleman, PhD da Universidade de Harvard, é crucial no desenvolvimento pessoal e profissional. Entendê-la é fundamental, especialmente no contexto escolar.
Por isso, neste artigo, iremos explorar como ela pode ser colocada em prática na educação. Continue a leitura e confira!
O que é inteligência emocional?
Segundo Goleman, “inteligência emocional é a capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros, nos motivarmos e gerir bem as emoções em nós e nos nossos relacionamentos”.
Esta habilidade desempenha um papel vital no sucesso ou insucesso dos indivíduos, influenciando significativamente seu desenvolvimento intelectual e emocional.
As cinco habilidades da inteligência emocional
Goleman divide a inteligência emocional em cinco habilidades específicas: autoconhecimento emocional, controle emocional, automotivação, empatia e habilidades sociais. Estas habilidades são fundamentais para o desenvolvimento de relacionamentos interpessoais saudáveis e eficazes.
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Inteligência emocional na educação
O chileno Juan Casassus, durante um estudo sobre a qualidade da educação na América Latina para a Unesco, analisou fatores que favorecem o bom desempenho dos estudantes. Um aspecto chamou sua atenção: ter um ambiente emocional adequado, gerado pelo bom relacionamento entre professor e aluno, também é fundamental.
“Essa descoberta me surpreendeu. Com base nela, direcionei meu foco para entender melhor o papel das emoções na vida em geral e na aprendizagem em especial”, afirma Juan.
“Para transmitir o gosto pelo conhecimento, um professor precisa dominar os conteúdos de sua disciplina – e também saber acolher as turmas, identificando e trabalhando interesses e sentimentos”.
O papel das escolas na cultivação da inteligência emocional
A discussão sobre as competências socioemocionais (ou não cognitivas) na escola já vem sendo defendida por James Heckman, Prêmio Nobel de Economia de 2000.
Em um de seus estudos, Heckman concluiu que a escola precisa ajudar os alunos a desenvolver habilidades exigidas pelo mundo do trabalho, que são vitais para a carreira de qualquer profissional, como equilíbrio emocional, cooperatividade, abertura a novas experiências, extroversão e consciência profissional.
O economista Rodrigo Pinto, que é brasileiro e faz parte da equipe de Heckman, no Departamento de Economia da Universidade Chicago (EUA), acredita que os professores deverão preocupar-se mais com essa capacidade em seus alunos.
“O mundo das características não cognitivas é vasto e mais complexo do que as cognitivas. Além disso, são o principal meio para modificar a conduta de uma criança e, consequentemente, melhorar sua qualidade de vida quando adulta. E, principalmente, para melhorar a sua capacidade de ter bons resultados na carreira.”
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