12 maio Intolerância na escola
Conviver com as diferenças é a melhor maneira de entender o próximo. É preciso trabalhar essa convivência para construir uma sociedade mais justa, sem intolerância e sem preconceito.
Vivemos tempos conturbados na atualidade, intolerância e preconceito fazem parte do dia a dia das pessoas. No Brasil e no mundo, nunca foi tão fácil expor determinada posição sobre algum assunto e ser ovacionado pelos que concordam e massacrado pelos que discordam.
A internet e as redes sociais são capazes de ecoar o pensamento de uma pessoa comum a centenas ou milhares de pessoas. Basta navegar um pouco pelos comentários nas páginas dos grandes portais ou mesmo na linha do tempo nas redes sociais para perceber que tamanha exposição acabou trazendo consequências nocivas inesperadas para todos, dentre as quais a intolerância e o preconceito, parece que expor um ponto de vista é a porta de entrada para ser desqualificado por quem não pensa do mesmo modo.
Ultimamente, cenas de preconceito e de intolerância têm sido vistas com frequência nos mais diversos setores da sociedade, inclusive nas salas de aula.Entre os jovens, é grande também o número de casos em que, mesmo sem compreenderem as razões por trás do discurso, muitos apenas reverberam o que ouvem por aí e acabam vitimando seus colegas com atitudes e palavras ofensivas.
Não precisa ser assim, chega de intolerância
A liberdade de expressão e o direito à manifestação são prerrogativas garantidas pela Constituição Brasileira, desde que não firam a dignidade de ninguém, não semeiam o ódio, o radicalismo nem atentem contra os direitos humanos. Quem se dispuser a trilhar esses caminhos, deve responder à justiça porque as leis existem para ser cumpridas.
A sociedade espera que possa estabelecer-se um conceito de pluralidade, a partir do qual todos tenham acesso às mesmas oportunidades. O período escolar, talvez ainda mais até do que na idade adulta, é o momento em que talvez exista a maior diversidade possível ao redor dos jovens.
Em uma sala de aula, há alunos de várias classes sociais, que professam distintas religiões, que fazem outra opção de gênero ou ainda têm cor da pele distinta entre si. Que mal há nisso? Nenhum.
É preciso aprender a conviver com essas diferenças e não criar pequenas “panelinhas”, dentro das quais só aqueles que pensam e agem da mesma maneira têm direito a manifestar a sua opinião e têm razão. Pelo contrário, têm razão os que respeitam o próximo, os que aceitam a diversidade, seja ela qual for
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Integração social: resposta à intolerância e preconceito
Para evitar comportamentos que propaguem a intolerância e o preconceito, tornando-se uma ameaça nas salas de aula, diversas instituições de ensino desenvolvem atividades que promovam a integração social.
É importante dar a oportunidade de o aluno conhecer diversas realidades antes que possa formar uma opinião própria com relação à sua visão de mundo.
No Colégio São Judas Tadeu, por exemplo, o esforço nesse sentido é contínuo. A ideia é criar um espaço de debate, em que todos os pontos de vista possam ser ouvidos e aceitos, criando um ambiente livre de preconceito e de intolerância.
Essa visão mais ampla de mundo, bastante trabalhada nos PIs e nos demais projetos, se dá por meio do conhecimento das várias realidades sociais que existem e são levadas ao conhecimento dos alunos, ainda que não haja o convívio diário com cada uma delas.
Diga não a qualquer forma de preconceito
A partir do momento em que o aluno conhece outras realidades, é mais fácil para ele entender os motivos pelas quais pessoas pensam diferente e merecem respeito porque é norma social de bom convívio o respeito ao próximo.
Não há grupo melhor ou pior, não há religião mais importante , cultura ou opinião menos importante, há sim pessoas diferentes e, como tal, pensam agem ao seu modo, simples assim.
É importantíssimo haver uma mudança de alguns comportamentos e de algumas mentalidades que, infelizmente, ainda encontram eco em determinados grupos.
Assim, aquele comentário que antes era visto como uma piada, inocente para quem proferia, hoje é visto pela maioria das pessoas como um ato reprovável no mundo moderno e não deve ser feito. Essa mudança de paradigma é extremamente benéfica para que possamos alcançar o objetivo de ter uma sociedade mais justa e igualitária.
Diante da evolução humana, hoje tudo é motivo para debate e de conhecimento do ser humano do século XXI, que difere, e muito, daquele que viveu até bem pouco tempo atrás. É ele quem conduz o presente e conduzirá o futuro em clima de harmonia, respeito e tolerância. E é isso que se espera dos alunos do Colégio São Judas Tadeu.
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Reinaldo Lima
Postado às 20:25h, 13 maioOla Diretor Ivan
Obrigado pela comunicação tranquilizadora em relação ao pensamento da instituição.
O pensamento meu e da minha esposa Juliana é de que o comportamento da nossa filha Alice Franco, hoje com 10 anos e frequentando a 5a série, seja marcado pelo respeito aos colegas, aos professores, aos colaboradores de todos os níveis e à Instituição. Desde muito cedo ela ouve a nossa explanação de como se comportar em sociedade, que deve respeitar diferentes culturas, diferentes formas de pensamento. Que, em momento nenhum condição financeira, condição social, cor, religião, sejam pretextos para definir um novo amiguinho ou coloca-lo sob pressão de desqualificações e considerações jocosas, Fazemos questão que ela não seja educada por redes sociais e seus valores questionáveis.
E ela está absorvendo os nossos valores com muita atenção e carinho porque, mesmo diante da sua ingenuidade, consegue enxergar verdade nas nossas palavras, Somos gente simples que ainda se sente indignada com injustiça e opressão. E a Alice será criada neste caminho de verdade, amor e respeito.
Att