São Carlos, interior de São Paulo, 1937. Nesse ano, dois jovens – Alberto Mesquita de Camargo e Alzira Altenfelder Silva – casavam-se e davam início a uma trajetória incrível, que acabaria por influenciar a vida de milhares de pessoas. Nascido em 1908, em Cabreúva, no interior de São Paulo, Mesquita era o filho caçula de uma numerosa família. Na cidade natal, cursou o primário (hoje, Ensino Fundamental I) no Grupo Escolar de Cabreúva. Planejando tornar-se sacerdote da igreja católica, concluiu o Ensino Fundamental no Seminário Menor de Pirapora do Bom Jesus, também no interior do estado.
Na década de 1920, a efervescência dos movimentos políticos, filosóficos e artísticos fez com que a característica literária e clássica da educação fosse perdendo espaço. Começava uma nova era. Nessa época, em 1926, o jovem Mesquita veio para a capital paulista pela primeira vez, para completar os estudos no Seminário Maior de São Paulo, onde cursou filosofia durantes três anos – sendo que todo o curso foi ministrado em Latim. Porém, logo ele desistiria do sacerdócio.
Com a Revolução de 1930, chegava ao Brasil a era do capitalismo e, com ela, a necessidade de mão de obra qualificada. A necessidade de educar a população fez criar-se, em 1930, o Ministério da Educação e Saúde Pública. O país sequer tinha universidade. Só em 1934 surgiu a Universidade de São Paulo. Um ano mais tarde, o educador Anísio Teixeira, então secretário de Educação do Distrito Federal (que, na época, era o Rio de Janeiro), criou a Universidade do Distrito Federal, que contava com uma Faculdade de Educação.