Criança triste com pais separados

Pais Separados, e agora?

Ter pais separados é uma realidade que afeta profundamente não apenas o casal, mas toda a família, principalmente os filhos. 

É nesse cenário que a escola assume um papel vital, oferecendo suporte e compreensão durante este período de transição. Continue a leitura e entenda a melhor forma de lidar com essa situação.

Comunicação com a escola: Um passo essencial

O primeiro passo crítico, após a decisão da separação, é comunicar a equipe escolar. Muitos pais, especialmente aqueles com filhos maiores, subestimam a importância deste gesto, presumindo que a maturidade dos filhos os isenta-os de possíveis dificuldades. 

No entanto, como Mônica Miotto Bertolini, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental I do Colégio São Judas Tadeu, enfatiza, “é tanto ou mais importante que isso seja feito, pois os adolescentes se fecham dentro de seus problemas e acabam, por vezes, tendo alterações no comportamento e queda na produção escolar, devido a seus conflitos”.

Com a escola notificada, é possível reunir professores e funcionários e fazer uma comunicação sobre a situação do aluno e orientar a equipe sobre como apoiar e aconchegar, se necessário. 

“Muitas alterações comportamentais, além do comprometimento da aprendizagem, podem acontecer com a criança ou o adolescente que tem pais separados”, esclarece Mônica. “Só podemos ajudar, se estivermos cientes da situação”.

Leia também: O medo e suas facetas

Guarda compartilhada: Novas dinâmicas familiares

Pais separados: a importância da guarda compartilhadaAtualmente, a guarda compartilhada é a primeira opção quando os pais se separam e começam a discutir a guarda dos filhos. 

Apesar de existir essa modalidade no Código Civil Brasileiro desde 2008, ela só se transformou numa regra recentemente, com o novo Código Civil. 

“A guarda compartilhada é para a criança ter o mesmo ambiente que tinha antes da separação”, afirma o especialista em direito de família José Eduardo Coelho Dias, em entrevista à rádio CBN Vitória.

O diálogo com os filhos: Transparência e segurança

Um ponto importante é contar para os filhos o que deve mudar na vida deles com a separação. Quem se encarrega de marcar o dentista, em qual escola estudarão, quem vai levar e buscar, como serão as férias, entre outros. 

Esses detalhes dão segurança às crianças e aos adolescentes. Como a legislação não dá conta desses pontos, é importante que os pais esqueçam os motivos da separação (e até do que acontece depois dela) e tenham essa conversa esclarecedora focada nos interesses dos filhos.

“Notamos, muitas vezes, que os pais separados não comunicam os filhos sobre as causas da separação  nem as mudanças, criando uma grande ansiedade e conflitos, que podem levar a problemas na escola”, relata Mônica.

Independentemente de qualquer razão que motivou o divórcio, o bem-estar dos filhos deve estar em primeiro lugar. 

“Os pais devem deixar muito claro para eles que a separação é do casal”, orienta a coordenadora do São Judas.“A criança e o adolescente devem saber que não existe ex-pai ou ex-mãe. Eles são importantes na vida dos filhos, e  isso não vai mudar”, finaliza.

Gostou desse artigo?  Visite nosso blog e conheça melhor como o Colégio São Judas Tadeu apoia seus alunos e famílias em situações de mudança familiar. 

Sem comentários

Postar um comentário

Podemos te ajudar?